Nova diretoria do Sindicato toma posse nesta quarta (29), às 20h
CUT potencializa mobilização com jornada de lutas
A partir desta terça (28), a CUT Brasília e seus mais de cem sindicatos filiados realizam nova Jornada de Lutas por Democracia e Garantia de Empregos, Direitos e Conquistas. Serão três dias em que várias entidades farão ações isoladas e conjuntas, em resistência ao golpe de Estado em andamento, às demissões em massa em vários setores, aos ataques aos direitos da classe trabalhadora e ao retrocesso nas políticas públicas e nos programas sociais. A agenda da jornada foi apresentada e definida em reunião da direção ampliada da CUT Brasília na manhã desta segunda-feira, no auditório da Central.
Nesta terça, às 8h, os vigilantes iniciam a jornada com um ato em frente ao Palácio do Buriti, pressionando para serem ouvidos pelo governador Rollemberg. A categoria protesta contra as mais de 600 demissões arbitrárias ocorridas no último mês e espera uma intervenção por parte do governo e reverta as dispensas.
Às 12h começa a assembleia da campanha salarial de trabalhadores em empresas particulares de TI na Praça dos Aposentados no Conic. Os empresários deram como encerrada as negociações, com uma proposta insatisfatória, abaixo da inflação, que já gerou protestos e paralisações de 24 horas anteriormente.
Na quarta-feira (29) será o dia de paralisação e mobilização dos servidores da Educação em frente ao MEC. Organizado pela Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Sinpro-DF, o ato contará com a presença de diversas caravanas vindas de vários estados, além da adesão de outras categorias de profissionais terceirizados (Tecnologia da informação, vigilantes, teleatendimento. trabalhadores em asseio e conservação, bombeiros e brigadistas) que foram prejudicadas com as mudanças nesse ministério e também estão sendo demitidos por cortes no orçamento. A realização desse dia em Brasília com paralisação das escolas por um dia foi aprovada pelos professores do GDF em assembleia na semana passada. Haverá manifestações de educadores em todo o país nesta data.
Em vigília na Câmera Legislativa há cinco dias, o Sinpro continua acompanhando a tramitação da “Lei da Mordaça”, da deputada Sandra Faraj, do Projeto de Lei nº 01/2015 de Rafael Prudente (PMDB) e do Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PELO) nº 38/2016 de Rodrigo Delmasso (PTN) para que eles não sejam votados em surdina. Caso aprovados, haverá uma criminalização do estudo filosófico e da formação social e crítica dos alunos, devolvendo a censura às escolas através da implantação de uma pauta conservadora.
Na quinta (30), será a vez dos rodoviários. Em assembleia realizada no último domingo (26), trabalhadores do setor decidiram por paralisação de 24 horas nesta quinta, para “dar uma demonstração” ao sindicato patronal da capacidade de luta da categoria. Com a medida, os rodoviários esperam receber uma contraproposta satisfatória. Nos dias que antecedem e nos que sucedem à paralisação de 24 horas, os rodoviários reduzem para 60% os ônibus em circulação, como parte do protesto contra a falta de respeito dos empresários e do governo do DF em relação às reivindicações dos rodoviários.
Outro ato previsto para quinta é a manifestação do Encontro de Grêmios – DF contra a “Lei da Mordaça” às 8h, na rodoviária do Plano Piloto. São os estudantes, com apoio dos professores e de outras categorias, se opondo a todo tipo de castração intelectual e de informação a que estão sendo ameaçados.
Na quinta-feira (30), será realizada uma mesa de debate na Universidade de Brasília, em “Defesa da Escola Pública no Contexto do Desmonte da Política Educacional Brasileira. A atividade se dará em dois horários, das 8h30 às 11h e das 19h30 às 22h, no auditório Dois Candangos, na Faculdade de Educação.
Enquanto isso, outras categorias estão se mobilizando para somar seus atos e suas pautas à luta, afinal todos os setores estão sendo atacados e passam pela mesma conjuntura de perda de direitos e riscos irreparáveis, explica o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
O que mais acontece
Na terça-feira (28), será o primeiro dos dois dias de eleição do Sindiserviços, quando trabalhadores terceirizados das áreas de asseio e conservação do Distrito Federal votarão em seus representantes para o próximo quadriênio.
Na mesma data, serão realizadas as eleições sindicais do Sindspmal em Águas Lindas.
Ainda na terça, acontecerá o Seminário sobre Feminicídio no Auditório 3, da Faculdade de Educação da UnB, das 8h às 18h, e o sindicato dos professores dos Novo Gama realizará assembleia geral em sua sede, às 12h30.
Encerrando o dia, o CineCUT realizará uma sessão itinerante, levando ao Cio das Artes, na Ceilândia, o filme Diários de Motocicleta de Walter Sales, a partir das 18h.
Já na quarta-feira (29), último dia das eleições do Sindiserviços e posse da nova direção eleita do Sindicato dos Bancários marcada para as 19h, em sua sede. Ainda pela manhã, no Plenário Ulisses Guimarães, na Câmara Federal, haverá a discussão sobre a Cultura do Estupro e o Fórum dos Direitos Humanos a partir das 9h.
Plenária extraordinária
A reunião da direção ampliada da CUT Brasília marcou para o dia 11 de julho uma Plenária sindical extraordinária, que será realizada durante um dia todo no Clube dos Comerciários, com a participação de representantes de todos os sindicatos filiados do DF e entorno. Nessa data, serão discutidas novas ações e a construção da greve geral de um dia no início de agosto.
Fonte: CUT Brasília
Estados devem privatizar
Os estados poderão entregar ativos para abater parte de suas dívidas com a União, que somam mais de R$ 400 bilhões. Além disso, o governo federal vai apoiar a privatização de empresas estaduais a fim de que os governadores obtenham recursos para pagar os débitos. No entanto, não há exigência de que companhias públicas sejam vendidas.
“Há disposição em aceitar ativos dentro da negociação com os estados, mas não há determinação do governo federal se determinada empresa será ou não privatizada como forma de redução do estoque da dívida”, afirmou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, após se reunir com o presidente Michel Temer e outros integrantes do primeiro escalão. “A venda de empresas estatais é uma decisão que cabe a cada governador apresentar, dentro do processo de negociação.”
A aceitação de ativos dos governos estaduais faz parte do acordo de renegociação dos débitos, anunciado na segunda-feira passada. Ontem, o Ministério da Fazenda informou que não está prevista a federalização das empresas dos estados, ao contrário do que já foi feito no passado, por exemplo, com São Paulo. No fim dos anos 1990, o governo federal assumiu o controle do banco estadual, o Banespa, que foi posteriormente vendido ao Santander.
Em nota, o Planejamento confirmou que o governo “pretende apoiar os governos estaduais na privatização de empresas que eles vierem a escolher”. Esse apoio, segundo o ministério, poderá ser dado por meio da estruturação financeira e suporte técnico das operações via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O acordo de renegociação prevê a suspensão do pagamento da dívida por seus meses e a concessão de descontos nas parcelas por mais seis, a partir de janeiro de 2017. A medida vai gerar impacto de R$ 50 bilhões ao Tesouro Nacional. Em contrapartida, o crescimento das despesas estaduais ficará limitada à inflação do ano anterior.
Fonte: Correio Braziliense
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