CAMPANHA NACIONAL: Sindicato entrega pautas à direção do BRB
O Sindicato fez, nesta segunda-feira (22), a entrega à direção do BRB das pautas geral da categoria e específica dos funcionários para as negociações da Campanha Nacional 2016.
As reivindicações gerais foram aprovadas na 18ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no final de julho, em São Paulo, e já estão sendo negociadas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desde a semana passada. Já as demandas específicas foram aprovadas em assembleia ao final do seminário de delegados sindicais promovido pelo Sindicato no último dia 12.
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, reiterou ao presidente do BRB, Vasco Gonçalves, o caráter nacional da campanha e a importância do banco em se comprometer a tomar como parâmetro mínimo para o acordo coletivo o que for pactuado com a Fenaban.
Vasco Gonçalves disse que a direção do banco está empenhada em construir um acordo positivo. Segundo ele, o BRB ainda não pode afirmar categoricamente que seguirá a Fenaban, mas a intenção de construir um bom acordo é um norte a ser seguido.
O presidente do Sindicato fez questão de ressaltar que o GDF não pode criar dificuldades nas negociações, tentando colocar a instituição no mesmo rol das demais empresas do DF. “O BRB, ao contrário de outras empresas, nunca necessitou de aportes de recursos do Tesouro. Tem orçamento próprio e é doador de recursos para o GDF via dividendos. O BRB está, ainda, inserido no sistema financeiro, que tem uma convenção coletiva nacional”, destacou Araújo.
Proposta descabida
Surpreendentemente, ao final da reunião, o BRB apresentou, junto com o calendário de negociações, uma pauta de reivindicações supostamente para constar da pauta sindical. Os representantes dos trabalhadores protestaram. “O Sindicato considera essa atitude uma inversão absurda, pois a entidade representa os bancários, e a formatação da pauta, bem como a sua validação em assembleia, já ocorreu, no dia 12 passado. Assim, essa proposta do BRB, além de intempestiva, é descabida”, reclama o secretário-geral do Sindicato, Cristiano Severo.
Também estiveram presentes à reunião os diretores do Sindicato Daniel Oliveira, Ronaldo Lustosa, Eustáquio Ribeiro e Raquel Lima, além do secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, André Nepomuceno.
Renato Alves
Do Seeb Brasília
SEGUNDA RODADA - Comando defende cláusulas de saúde, condições de trabalho e segurança
O Comando Nacional dos Bancários, que conta com a participação da Federação do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), realizou nesta sexta-feira 19, em São Paulo, a segunda rodada de negociações da Campanha 2016 com a Fenaban, desta vez focando nas reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança. Novas rodadas foram agendadas para os dias 24 e 29 de agosto, às 10h, quando o Comando aguarda uma resposta dos bancos ao conjunto da pauta de reivindicações aprovada pela 18ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo entre 29 e 31 de julho.
Na primeira rodada, nesta quinta-feira 18, o Comando havia feito a defesa das cláusulas econômicas e sociais da pauta de reivindicações, entre elas aumento de real de 5% para toda a categoria, PLR de três salários mais R$ 8.317, piso salarial de R$ 3.940, fim das demissões e mais contratações, igualdade de oportunidades, ampliação da licença-paternidade e do vale-cultura e respeito nas agências digitais.
“Cada vez mais os bancários estão sendo massacrados dentro dos bancos em razão da pressão pelo aumento constante dos lucros, com uma explosão assustadora de adoecimentos nos locais de trabalho. É urgente interromper essa escalada, com a adoção de medidas que garantam a preservação da saúde e a melhoria das condições de trabalho, o que necessariamente passa pelo fim das metas abusivas e do assédio moral”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN, integrante do Comando Nacional dos Bancários.
“Esperamos que até o dia 29 os bancos tragam propostas concretas que atendam as reivindicações dos bancários sobre toda a pauta que apresentamos no dia 9 de agosto. Sabemos que os banqueiros só negociam sob pressão. Por isso precisamos fazer essa discussão nos locais de trabalho e ampliar as atividades de mobilização da categoria”, acrescenta Avelino.
Também integram o Comando Nacional dos Bancários, representando a Fetec-CUT/CN, os presidentes dos sindicatos de Brasília, de Rondônia, de de Mato Grosso, de Campo Grande, do Pará, do Acre, do Amapá e de Roraima.
As principais reivindicações dos bancários
˃ Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.
˃ PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
˃ Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Confira o calendário
FENABAN
18/8 – Negociação com a Fenaban sobre remuneração, emprego e igualdade de oportunidades, em São Paulo.
19/8 - Negociação com a Fenaban sobre saúde, condições de trabalho e segurança.
BANCO DO BRASIL
23/8 – Negociação específica com o Banco do Brasil, em Brasília.
CAIXA
17/8 – Negociação das reivindicações específicas, em Brasília.
24/08 - 2ª Rodada de negociação específica, em Brasília.
BANCO DA AMAZÔNIA
22/8 - Negociação específica, em Belém.
BANPARÁ
22/8 – Negociação específica, em Belém.
BRB
22/08 - Entrega da pauta específica dos funcionários à direção do banco.
Da Redação com Fetec-CUT/CN
Começam as negociações com a Fenaban
O Comando Nacional dos Bancários defendeu nesta quinta-feira (18), na primeira rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, a importância de todas as 128 reivindicações da minuta dos bancários na Campanha Nacional 2016.
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que integra o Comando Nacional e participou da reunião, disse que o objetivo foi aprofundar as discussões, com base em dados e números. “Os bancos têm que se posicionar sobre as propostas apresentadas”, cobrou. As negociações seguem nesta sexta-feira (19), para debater saúde, condições de trabalho e segurança.
Os representantes dos trabalhadores levaram à Fenaban o que querem: reajuste salarial de 14,78%, sendo reposição da inflação mais aumento real; piso de R$ 3.940, com base nos estudos do Dieese; percentual maior de distribuição da PLR; reajuste dos vale alimentação e refeição tendo como referência a inflação de alimentos; vale cultura e auxílio-educação para todos e igualdade de oportunidades, em especial em relação à situação das mulheres, que já são discriminadas desde a admissão e depois na ascensão profissional com cargos e remuneração inferiores.
As discussões também giraram em torno das chamadas agências digitais. Uma das principais críticas feitas pelos dirigentes sindicais é que esse novo modelo de atendimento vem sendo implantado de forma “agressiva”, sem regulação e sem qualquer debate com o movimento sindical sobre os seus impactos sobre os trabalhadores.
Emprego
Também tiveram início os debates sobre uma dos principais reivindicações dos bancários diante da onda de demissões registradas no setor: emprego. Somente no primeiro semestre deste ano, a despeito do bom desempenho alcançado pelos bancos, chegou a quase 13 mil o número de postos de trabalho fechados em comparação com junho de 2015 e foram fechadas mais de 400 agências.
“É impensável que um setor que lucrou mais de R$ 30 bilhões só no primeiro semestre deste ano tenha demitido tanto”, disparou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, acrescentando que só os números dos balanços semestrais dos três maiores bancos privados comprovam que a palavra crise não existe no vocabulário dos banqueiros. “O Bradesco fechou o semestre com lucro de R$ 8,27 bi e o Itaú com R$ 10,73 bilhões. Já o Santander viu seu resultado aumentar 4,8% em comparação com os seis primeiros meses de 2015, batendo a casa dos R$ 3,46 bi”.
Debate de pendências marca primeira rodada de negociações com a Caixa
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Renato Alves
Do Seeb Brasília
Em dia de negociação com a Fenaban, Campanha 2016 chega às ruas
Só a Luta te Garante. É com este mote que o Sindicato toma as ruas de Brasília para a Campanha Nacional dos Bancários 2016 a partir desta quinta (18), quando têm início as negociações da pauta geral de reivindicações entre o Comando Nacional e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo.
O Sindicato promove o lançamento da Campanha no DF com ato no Setor Comercial Sul, em frente à agência do BRB.
Os bancários reivindicam reajuste de 14,78%, o que representa aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%, piso de R$ 3.940,24 (Dieese) e manutenção do emprego e mais contratações, além de mecanismos de combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades e mais segurança.
O Sindicato convoca os bancários e bancárias para a luta, que este ano enfrentará uma conjuntura ainda mais adversa, com a ameaça iminente aos direitos trabalhistas e sociais pelo governo interino. “Por isso, a mobilização e a unidade da categoria serão determinantes para o sucesso da Campanha Nacional”, ressalta o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.
O dirigente sindical acrescenta que, “uma vez que não há crise para o sistema financeiro, é preciso pressionar os banqueiros para conquistarmos condições dignas de trabalho para a categoria bancária e mais avanços”.
Longe da recessão
Os bancos passam ao largo da crise e têm todas as condições de atender as reivindicações dos bancários. Apesar de alguns terem registrado queda nos balanços, os lucros auferidos continuam altíssimos. Levantamento da consultoria Economatica mostra que, entre 300 setores pesquisados no país, o setor bancário foi o que mais lucrou no primeiro trimestre de 2016: 21 instituições financeiras embolsaram, juntas, impressionantes R$ 14,3 bilhões.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
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