Negociações com a Fenaban travam e terminam sem avanços
Terminaram sem avanços as negociações desta terça-feira (13) entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, ocorridas em São Paulo, para tratar da pauta de reivindicações da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Foi a sétima rodada de discussões com os bancos, que insistem numa proposta de reajuste nos salários abaixo da inflação passada, com pagamento de abono pecuniário, sem compromisso com as cláusulas sociais reivindicadas, em especial as relacionadas à proteção dos empregos. A proposta embute perdas significativas a médio prazo para os trabalhadores, uma vez que o índice não repõe nem a inflação do período e o abono não incide sobre verbas como férias, 13º salário e FGTS, com impactos na aposentadoria.
O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, explica: “Há um impasse nas negociações por conta do modelo de reajuste que a Fenaban quer impor. Acontece que, numa negociação, não há espaço para imposições”. O representante dos bancários de Brasília no Comando Nacional acrescenta que “a greve crescente é um recado para os banqueiros e por isso precisamos ampliar a paralisação, tanto nos bancos públicos quanto nos privados”.
Uma nova negociação ficou marcada para a próxima quinta-feira (15), também em São Paulo, com início às 16h.
A greve dos bancários chegou nesta terça-feira ao oitavo dia, atingindo 12.008 agências em todo o país, sem contar a forte adesão nos centros administrativos.
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Renato Alves
Do Seeb Brasília
Fenaban propõe novo reajuste de 7% e abono de R$ 3,3 mil. Comando Nacional pediu um intervalo e irá continuar a negociação
A Federação Nacional dos Bancos propôs um novo reajuste de 7% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3 mil, durante negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira (9), em São Paulo. Rodada de negociação foi chamada pelos bancos após início de greve com grande adesão em todo o país. Mais informações serão publicadas em breve no site e nas redes sociais da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
No primeiro dia da greve, Fenaban chama para nova negociação
SEXTA, ÀS 11H
No primeiro dia da greve nacional dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chamou o Comando Nacional para uma nova rodada de negociações, que será realizada nesta sexta-feira (9), a partir das 11h, em São Paulo.
O movimento, que atinge bancos públicos e privados, entre agências e grandes concentrações administrativas, é uma resposta à proposta insuficiente apresentada pelos bancos de reajuste de 6,5% - que sequer repõe a inflação do período - e de um abono que não passa de um instrumento de compensação de perdas. Além disso, a proposta não garante emprego nem mais contratações, promoção da saúde nem melhores condições de trabalho. Foram cinco rodadas de negociações.
“A nossa mobilização levou os banqueiros a se movimentarem e chamarem uma nova rodada de negociações. Agora é esperar a nova proposta da Fenaban para definir os próximos passos, lembrando sempre que só a luta vai garantir o atendimento das nossas reivindicações, ou seja, a proposta será tanto melhor quanto maior for a nossa greve”, defende o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, lembrando que em 2007 os bancos também chamaram para negociar no primeiro dia de paralisação dos trabalhadores.
Em todo o país, segundo dados da Contraf-CUT, foram 7359 agências, centros administrativos, centrais de atendimento e serviços de atendimento ao cliente com atividades paralisadas. Em Brasília, cerca de 70% das agências pararam, além de adesão nos prédios do BB, da Caixa e do BRB.
Os bancários reivindicam a reposição da inflação do período, de 9,57% mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, combate às metas abusivas, ao assédio moral, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
Renato Alves
Do Seeb Brasília
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