Comando assina acordos com a Fenaban e a Caixa nesta quinta-feira (13)
PLR E ABONO VÊM DIA 24
Quatro dias após o fim da greve, o Comando Nacional dos Bancários agendou com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2018. Será na próxima quinta-feira (13), às 16h, em São Paulo. Em seguida, às 17h, é a vez da Caixa assinar o acordo aditivo dos empregados. O BB ainda não agendou.
A antecipação da PLR e o abono serão pagos no dia 24 de outubro. Na Caixa, no dia 20, na folha de pagamento. O Comando Nacional se reúne para avaliação da Campanha às 13h da quinta-feira, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.
Da Redação com informações da Contraf-CUT
Fenaban mantém 7%, sobe abono e propõe acordo de dois anos. Comando rejeita proposta
Na décima rodada de negociação da Campanha 2016, realizada com o Comando Nacional dos Bancários nesta quarta-feira 28 em São Paulo, durante o 23º dia da greve, a Fenaban propôs um acordo para dois anos, com reajuste de 7% e abono de R$ 3.500 em 2016 e inflação mais 0,5% de aumento de real em 2017. Os vales e auxílios seriam corrigidos pelos mesmos índices.
O Comando Nacional, integrado pela Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), rejeitou a proposta na própria mesa de negociação e orienta os sindicatos a realizarem assembleias na segunda-feira 3 de outubro.
“Essa proposta é um desrespeito aos bancários. Além de reajuste abaixo da inflação, o que significa perda este ano de 2,62%, mesmo com o 0,5% de aumento real em 2017 entraríamos em 2018 com uma perda de 2,12%, mais a inflação”, critica José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários.
“Vamos aumentar a greve em todo o país, que é a única linguagem que os banqueiros entendem, para conquistar aumento real de salário e as reivindicações por emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades”, acrescenta Avelino.
Paralisação forte
A décima rodada de negociação com os banqueiros ocorreu no 23º dia greve nacional dos bancários, que continua forte em todo o país, fechando 1.902 agências nas 12 bases territoriais dos sindicatos filiados à Fetec-CUT/CN. Desde o primeiro dia da greve, em 6 de setembro, o índice de adesão cresceu 125% nas bases da Federação.
Fonte: Fetec-CUT/CN
Sem aumento real, sem acordo. É a resposta dos bancários à intransigência da Fenaban
Os bancos mais uma vez desrespeitaram os bancários e se recusaram a apresentar uma nova proposta na oitava rodada de negociação com o Comando Nacional, realizada em São Paulo nesta quinta-feira 15, décimo dia greve da categoria, que continua se fortalecendo em todo o país. Não foi marcada nova rodada de negociação. O Comando Nacional, integrado pela Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), orienta os sindicatos a ampliarem a greve em todos os estados e no Distrito Federal.
Pela segunda rodada consecutiva a Fenaban manteve a proposta apresentada no dia 9 de setembro, de reajuste de 7% (2,29 pontos percentuais abaixo da inflação) e abono de R$ 3.300 em parcela única, ignorando as reivindicações sobre preservação do emprego e da saúde, melhores condições de trabalho e combate às metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.
“Os bancos insistem na estratégia de reduzir salário em troca de abono, que já tentaram no ano passado e era comum na década de 1990, e que os bancários já rejeitaram tanto na campanha de 2015 quanto nas assembleias deste ano. Essa estratégia é nociva para os trabalhadores porque não incide sobre 13º, sobre férias, sobre FGTS e principalmente sobre a aposentadoria. Ela impõe redução de salário e por isso não aceitamos”, critica José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional dos Bancários.
Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos durante os dois governos FHC, de 1995 a 2002 os bancários tiveram perdas salariais de 4,60% nos bancos privados, de 33,53% no Banco do Brasil e de 37,38% na Caixa Econômica Federal.
Diante da intransigência dos bancos, o Comando Nacional orienta os sindicatos intensificarem a mobilização e ampliarem a greve em todo o país, que continua crescendo dia a dia.
De acordo com levantamento da Contraf-CUT, 12.608 agências e 49 centros administrativos foram fechados nesta quinta-feira no Brasil inteiro, um aumento de 72% comparado ao dia anterior ou 70% de crescimento em relação ao primeiro dia da paralisação. Nas 12 bases sindicais da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), pararam 1.687 agências, 99% a mais que no dia 6. Com isso, já são 54% de todas as agências do país paralisadas.
Fonte: Fetec-CUT/CN
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