CUT completa 29 anos consolidada como a maior central sindical do país
Nesta terça-feira (28) Central Única dos Trabalhadores completa 29 anos, consolidando-se como a maior central sindical do país e uma das maiores do mundo.
Nascida sob a ótica da construção de uma sociedade socialista, a CUT tem como objetivo fundamental organizar, representar sindicalmente e dirigir, numa perspectiva classista, a luta dos trabalhadores brasileiros da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e aposentados, na defesa dos seus interesses imediatos e históricos.
Assim, falar sobre esses 29 anos de existência é reafirmar a luta pelo fortalecimento da democracia, do desenvolvimento com distribuição de renda e da valorização do trabalho no Brasil.
Todo esse período foi marcado por muitas lutas e conquistas em favor da classe trabalhadora. Em sua atuação sindical, a Central sempre defendeu a liberdade de organização e de expressão, e se orientou por preceitos de solidariedade. A luta pela universalização dos direitos foi reafirmada ao longo do tempo com a participação ativa da CUT na construção de políticas públicas e afirmativas de vários setores e segmentos da sociedade.
Seu nascimento foi fruto de uma ampla mobilização sindical/social que começou no final da década de 70 e início dos anos 80, e foi considerado um aguerrido enfrentamento à ditadura militar, que começava a dar seus primeiros sinais de enfraquecimento. Hoje a Central é uma entidade consolidada e respeitada pelas suas ações em favor de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
Durante todos esses 29 anos de lutas e conquistas para a classe trabalhadora, a CUT sempre figurou como protagonista nos episódios que marcaram a história do Brasil, como a Campanha pelas Eleições Diretas Já!; a luta pela participação dos trabalhadores na Assembleia Nacional Constituinte de 1988; o impeachment de Fernando Collor de Mello; a luta contra o modelo neoliberal; as privatizações e o desmonte do Estado; a campanha vitoriosa que elegeu pela primeira vez um operário como presidente do Brasil, entre outros importantes capítulos da história recente do país.
Nesta terça-feira, a Central Única comemora importantes vitórias em suas reivindicações históricas; ao mesmo tempo em que novos desafios surgem na sua pauta, como a luta pela unidade da classe trabalhadora - com todo poder aos sindicatos -, a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável centrada no trabalho e a ampliação de políticas públicas com maior controle social sobre o Estado.
A passagem dessa data histórica para o movimento sindical brasileiro deve ser motivo de orgulho para todos aqueles que ajudaram a construir a democracia e a liberdade no país.
Parabéns a todos que ajudaram a construir essa bela história de luta.
Todo Poder aos Sindicatos!
Somos Fortes, somos CUT!
Sindicato exige auditoria e punição aos (às) diretores (as) responsáveis pelo rombo de R$ 36 milhões na Cassi
Diante da cobrança que será feita pela Cassi de resíduos de coparticipação nas consultas e exames realizados pelos participantes do Plano de Associados no período remanescente de 2003 até 2012, para cobrir um rombo de aproximadamente R$ 36 milhões, o Sindicato dos Bancários de Brasília e o Sintraf-Ride exigem uma auditoria minuciosa nas contas do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil e punição aos diretores e diretoras que fizeram vista grossa para o problema. Detectado em 2008, o problema só veio à tona agora, justamente depois que alguns gestores deixaram a diretoria da Caixa de Assistência.
Durante reunião conjunta dos delegados sindicais do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal realizada pelo Sindicato de Brasília na terça-feira (21), na AABB-DF, a diretora eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi, tirou as dúvidas sobre a cobrança que será feita pelo plano de saúde.
Os delegados sindicais aprovaram a seguinte proposta sobre a questão: que os (as) diretores (as) da Cassi que deixaram o problema acontecer, e não agiram para resolvê-lo logo, sejam responsabilizados pecuniariamente pelo rombo. Os delegados sindicais também deliberaram por uma moção de repúdio contra os responsáveis por essa grave situação, que trouxe grande risco para o plano de saúde.
O extrato individual dos associados, desde 2003, será disponibilizado a partir de outubro deste ano para consulta. O débito mensal será limitado a 1/24 dos vencimentos de cada um e será parcelado. Além disso, os eleitos do Conselho Deliberativo da Cassi lutaram e conseguiram que não seja cobrada a correção monetária sobre os valores atrasados. Os valores referem-se a cobranças de coparticipação em consultas ambulatoriais desde 2003 e coparticipação em exames a partir de 2007.
"A culpa é do sistema"
De acordo com o plano de saúde, o problema se refere a pendências de coparticipação sobre consultas médicas e exames, que são devidas pelos associados, mas não foram cobradas devido a “inconsistências no sistema”.
Os Sindicatos e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) questionam por que só agora a Cassi resolveu regularizar a situação, já que o problema foi detectado em 2008. A pendência já dura quatro anos, e nesse período os associados não foram sequer comunicados de sua existência. A decisão de cobrar foi tomada em maio deste ano, quando terminou o mandato de parte dos dirigentes da Cassi. "Por que os diretores da gestão anterior não tomaram as devidas providências e deixaram o problema estourar agora?", questiona William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Os recém-eleitos da Cassi levaram o problema à Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), que mostrou seu inconformismo com a cobrança e, em reunião com o banco, exigiu que o débito mensal fosse limitado a 1/24 dos vencimentos de cada um, para evitar prejuízos maiores aos associados.
Do Seeb Brasília
Assembleias deliberarão até dia 6 proposta de PCR, bolsas e ponto eletrônico do Itaú
A Contraf-CUT divulgou nesta quinta-feira (23) as orientações aos sindicatos para a realização de assembleis dos funcionários do Itaú até o dia 6 de setembro para que avaliem e deliberem sobre as propostas de acordos coletivos para a Participação Complementar nos Resultados (PCR), com o anexo da bolsa educação, e o sistema alternativo de ponto eletrônico, conforme foi negociado com o banco no último dia 16.
Sindicatos e Contraf-CUT criticam ampliação do horário das agências do Itaú até 20h
O Itaú mudará o horário de atendimento ao público de inúmeras agências a partir da próxima segunda-feira (27), com abertura a partir das 9h e fechamento até as 20h. A maior parte das unidades está localizada em shoppings e corredores mais movimentados de grandes cidades. O objetivo do banco é chegar a 1,5 mil agências com horários ampliados em todo o país.
"Não concordamos com a ampliação do horário de expediente até as 20h. Não existe demanda da sociedade para fazer essa mudança. Mais uma vez, o Itaú foca o crescimento do lucro, sem atentar para o aumento do ritmo de trabalho que a medida ocasiona e coloca em risco a vida de seus funcionários e clientes, uma vez que à noite existe mais insegurança. Isso mostra o descompromisso cada vez maior do Itaú com os trabalhadores e a sociedade", critica o funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Além disso, a decisão foi tomada de forma unilateral pelo banco, sem qualquer discussão com o movimento sindical", aponta. "Se o Itaú quer ampliar o horário de atendimento, ele deveria atender a reivindicação histórica dos bancários, que é o expediente ao público das 9h às 18h, com dois turnos de trabalho, como forma de estender a prestação de serviços aos clientes, gerar mais empregos e melhorar as condições de trabalho", defende Cordeiro.
"Como se não bastasse, essa medida afeta a qualidade de vida do bancário, pois a noite não deve ser usada para trabalho, mas para o descanso, o lazer e convívio com a família. Há ainda muitos bancários que estudam, fazendo cursos de graduação, pós e doutorado, buscando maior qualificação profissional", observa o dirigente da Contraf-CUT.
O banco lucrou no primeiro semestre de 2012 o montante de R$ 7,12 bilhões e, mesmo assim, fechou mais de 9.014 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses. "Está na hora de o Itaú entrar no campo do desenvolvimento econômico e jogar bola para gerar empregos e contribuir com a inclusão social de milhões de brasileiros", conclui Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT
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