Movimento sindical arranca proposta de PCR e bolsa educação do Itaú

O Itaú anunciou na sexta-feira (17) que pagará o valor integral de no mínimo R$ 1.800 da Participação Complementar nos Resultados (PCR) junto com a antecipação da Participação dos Lucros e Resultados (PLR). A medida atende reivindicação da Contraf-CUT e ocorre um dia após a negociação com a direção do Itaú, onde o banco havia proposto efetuar o crédito em duas parcelas: a primeira de R$ 1.000 com a antecipação da PLR e a outra de R$ 800 com a segunda parte da PLR.

"Trata-se de mais um avanço, somado ao reajuste da PCR para R$ 1.800, que representa um crescimento de 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado, que foi de R$ 1.600", afirma Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

A PCR é uma conquista de longa data dos funcionários do Itaú e traz importantes princípios defendidos pelo movimento sindical. "Ela é linear, na medida em que todos recebem o mesmo valor indistintamente; e não é compensável com nenhum programa próprio de renda variável, como o Agir. Ou seja, todo mundo vai receber, e não é baseada em metas individuais", destaca Wanderley.

Negociações avançam

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram as negociações com o Itaú no último dia 16, em São Paulo. Além da proposta de PCR com antecipação de PLR, o banco assumiu também compromisso com o movimento sindical de abrir negociações sobre a PCR do próximo ano e de debater os programas próprios imediatamente após a Campanha 2012.

Bolsa educação

A Contraf-CUT também conquistou mais 1.500 bolsas educação, sendo que 1.000 serão destinadas preferencialmente a bancários com deficiência.

Com isso, o movimento sindical obteve um total de 5.500 bolsas educação: 4 mil para bancários, 1.000 para bancários com deficiência e outras 500 para trabalhadores não bancários da holding.

A bolsa educação será retroativa a fevereiro deste ano e totalizará 11 parcelas, cobrindo 70% da mensalidade com teto de R$ 320. Não há restrição de cursos. Assim qualquer primeira graduação é possível.

Outra antiga reivindicação do movimento é a desvinculação do auxílio educação da PCR. "Isso também foi garantido nesta negociação", destaca Wanderley.

A abertura do processo de inscrição para o auxílio educação será divulgada em breve pelo banco.

Ponto eletrônico

O banco também apresentou proposta de acordo coletivo que regulamenta o Sistema Alternativo Eletrônico de Jornada de Trabalho. As negociações sobre este tema também aconteceram durante o primeiro semestre deste ano e as alterações solicitadas pela Contraf-CUT foram feitas pelo Itaú.

"Dentre as alterações, destacamos a possibilidade da marcação do ponto eletrônico apenas nas dependências internas do banco", destaca Wanderley. O comprovante de registro de ponto também foi alterado pelo banco, conforme solicitação da Contraf-CUT.

"Os sindicatos vão poder fiscalizar cada vez mais a jornada de trabalho no Itaú, visto que a falta de funcionários tem gerado sobrecarga de trabalho e extrapolação do horário", aponta Jair Alves, um dos coordenadores da COE do Itaú Unibanco.

Fonte: Contraf-CUT

 

 

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