Após cobrança do Comando, BB e Caixa voltam a negociar nesta sexta (14)

O Comando Nacional dos Bancários retoma as negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal nesta sexta-feira (14), às 14h, em São Paulo. As novas rodadas acontecem após o envio de cartas aos dois bancos pela Contraf-CUT e Sindicatos na última quinta-feira (6), a exemplo das correspondências encaminhadas para a Fenaban e aos quatro maiores bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) com o mesmo teor.

"Acreditamos no diálogo e apostamos na mesa de negociações e, por isso, cobramos responsabilidade dos bancos para que contribuam na construção de uma proposta decente na mesa da Fenaban para a categoria, bem como também atendam as demandas específicas dos trabalhadores de cada instituição", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

O movimento sindical espera que o Banco do Brasil apresente soluções para os principais eixos de reivindicações dos funcionários, como jornada, carreira, saúde, previdência e condições de trabalho.

O envio das cartas foi uma das decisões do Comando Nacional, logo depois da rodada de negociação de terça-feira (4) com a Fenaban, que frustrou os bancários diante da manutenção da proposta insuficiente de reajuste de 6%, o que representa apenas 0,58% de aumento acima da inflação pelo INPC do período. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10,25%, valorização do piso salarial e melhoria da PLR, dentre outras demandas.

Reivindicações específicas dos funcionários do BB

Os funcionários do BB reivindicam o cumprimento da jornada de 6 horas para todos, sem redução de salário; melhorias no Plano de Carreira e Remuneração (piso maior, interstício maior, tempo menor para adquirir mérito); negociação do Plano de Comissões (pagamento das substituições, seleção interna para promoção em todos os cargos, fim dos descomissionamentos); licença prêmio e férias de 35 dias para todos; PLR aditiva ao modelo da Fenaban, sem vinculação com o Sinergia; fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências; carreira de mérito para todos; melhorias nas CABB; Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos; fim das travas para concorrência e remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário; fim do voto de Minerva na Previ; assinatura do protocolo da Fenaban de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho e revisão dos Comitês de Ética; melhorias no plano odontológico; não perder a função após afastamentos de saúde; ter ao menos um delegado sindical por local de trabalho; mais contratações e fim das terceirizações.

Reivindicações específicas dos empregados da Caixa

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores da Caixa estão: a ampliação do quadro de empregados (chegando a no mínimo 100 mil até o fim de 2013), o cumprimento da jornada de seis horas sem redução de salários para todos os empregados independente da função, melhores condições de trabalho, ATS e licença-prêmio para todos, solução dos problemas do Saúde Caixa, fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado e do voto de Minerva na Funcef, tíquete para os aposentados e pagamento integral de toda hora extra realizada.

Greve a partir do dia 18

Na última quarta-feira (5), a Contraf-CUT também enviou ofício para a Fenaban. Mas até agora, passados sete dias, nenhuma resposta foi encaminhada pelos bancos.

"Aguardamos manifestação da Fenaban com uma nova proposta até o dia 17, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias. Da mesma forma, esperamos também que cada banco apresente até a mesma data propostas sobre as demandas específicas", enfatiza Cordeiro.

"Assim como estamos abertos ao diálogo, estamos também preparados para defender os nossos direitos e nossa dignidade, recorrendo à greve a partir do dia 18 se continuarmos sendo tratados com esse desrespeito", conclui o presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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